Leia os slogans apresentados ao governo para combater fake news

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu nesta 4ª feira (24.abr.2024) 4 empresas de comunicação digital para implementar soluções e moderar conteúdo e perfis do governo nas redes sociais. Com duração de 1 ano, a licitação para os contratos é de cerca de R$ 197 milhões. Na prática, o objetivo é tentar resolver o problema da queda de popularidade da gestão petista.

Ao todo, 24 agências concorreram pela licitação. Ao lançar o edital, o governo determinou que cada uma das empresas deveria apresentar um plano de comunicação digital com estratégias e ações de combate à disseminação de informações falsas sobre temas referentes à União. O Poder360 esteve presente na audiência pública, em Brasília.

Eis a lista das empresas vencedoras e seus respectivos slogans:

  • Moringa L2W3 – “Tem muita informação falsa que parece verdade”;
  • consórcio BR e Tal, composto pela BRMais e a Digi&Tal. D – “Duvide. Pesquise. Denuncie. Fake news a gente combate juntos”;
  • Area Comunicação – “Não seja um faker”; e
  • Usina Digital – “Fake news. Não caia nessa”.

A escolha das 4 empresas vencedoras foi feita com base nas soluções propostas pelas mesmas para combater as fake news. A comissão avaliou critérios técnicos de cada plano, capacidade de atendimento, preços e a documentação de cada empresa.

Além das vencedoras, a comissão revelou também os slogans das outras 20 empresas que estavam na disputa. Leia abaixo:

  • “Antes de compartilhar, tem que verificar”;
  • “A desinformação contamina você, contamina o Brasil #evite a fake”;
  • “A verdade não tem lado. Contra o fake, a favor do Brasil”;
  • “Fake news não. Tô junto nessa”;
  • “O Brasil conectado contra as fake news”;
  • “Brasil unido contra as fake news. O combate tá na mão”;
  • “O futuro da boa informação está em nossas mãos”;
  • “Verdade ou consequência: se não tem verdade, tem consequências”;
  • “Fake news. O problema é de todos. A solução é de cada um”;
  • “Pare, pense, poste”;
  • “Seja de verdade, não seja fake news”;
  • “Fake não: Brasil contra a desinformação”;
  • “Será que é lorota?”;
  • “Brasil pela verdade. Juntos no combate contra as fake news”;
  • “Conectados pela verdade”;
  • “Fake News. Fácil parar, difícil reparar”;
  • “Fake news é mentira. E mentira…”;
  • “Parece, mas não é. E a próxima vítima de fake news pode ser você”;
  • “Fake news daqui não passa”;
  • “Brasil unido contra as fake news. O combate tá na mão”; e
  • “#zerofake: juntas e juntos contra a desinformação”.

A audiência começou às 9h, com um intervalo de cerca de uma hora e 30 minutos para o almoço. Na 1ª metade, a comissão mostrou os slogans apresentados pelas agências e deu notas para cada uma das empresas, com base em critérios técnicos e capacidade de atendimento. Neste momento, as 4 empresas com maiores pontuações foram selecionadas –no entanto, o resultado ainda poderia sofrer alterações.

Representantes das agências de comunicação que foram desclassificadas e que tiveram as notas mais baixas deixaram o Ministério das Comunicações, local onde foi realizado a audiência. Depois do almoço, só retornaram as que lideravam e aquelas que ainda tinham chances de reverter o resultado.

O ranking das notas ainda não era definitivo, porque a audiência precisava discutir e negociar os preços e avaliar as documentações das 4 empresas selecionadas. Caso os papéis de uma das agências tivesse alguma incongruência, a mesma seria desclassificada, dando lugar às empresas que vinham em seguida no ranking.

Ao final da audiência, as 4 empresas com maiores pontuações se mantiveram como vencedoras da disputa.

As agências que não foram selecionadas têm um prazo de 3 dias para entrar com recursos contra o resultado final. A comissão terá mais 3 dias para responder.

APOSTA DO GOVERNO PARA QUEDA DE POPULARIDADE

As empresas selecionadas irão atender demandas da Secom (Secretaria de Comunicação Social) e de órgãos da Sicom (Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal). A expectativa, nos bastidores, é que de maio a junho as novas ferramentas já estarão contratadas e funcionando.

Segundo o edital lançado pelo governo, as empresas escolhidas devem determinar tarefas como a implementação de soluções de comunicação digital e moderação de conteúdo e de perfis em redes sociais. Eis a íntegra do edital (PDF – 223 kB).

A licitação para as empresas de comunicação se dá depois de a gestão petista presenciar uma queda de popularidade. O governo vem patinando sobre sua atuação e como se apresentar nas redes sociais. A iniciativa é a principal aposta para resolver a questão.

O Planalto aposta que, com essas contratações, o governo poderá ter um controle melhor da entrega do conteúdo à população. A administração Lula reclama de não ter ferramentas de segmentação de entregas. Dessa forma, é como se o governo não conseguisse atingir o público alvo de cada ação lançada pela União.

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