Declarado suspeito pelo STF, ex-juiz de Lula se tornou uma das principais vozes de oposição no Congresso
O senador Sérgio Moro (União Brasil) afirmou nesta quinta-feira (1º) que a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula “fere o espírito republicano”. Para o ex-juiz da Lava-Jato, que travou uma série de embates com Zanin ao longo da operação, a escolha de um “amigo pessoal do presidente” para a Corte máxima “não favorece a independência da instituição”.
A escolha de Cristiano Zanin à cadeira do ministro aposentado Ricardo Lewandowski no Supremo foi anunciada nesta quinta. O advogado ainda deve passar por uma sabatina no Senado e ter seu nome aprovado no Plenário da Casa antes de tomar posse no STF.
A sabatina ainda não foi agendada, mas, na ocasião, Zanin e Moro voltarão a estar frente a frente. Antes, eram o advogado do alvo maior da Lava-Jato e o juiz expoente da operação. Agora se enfrentarão como próximo ministro da Corte máxima e senador.
— Zanin será excepcional ministro se for aprovado pelo Senado, e acredito que será. O Brasil vai se orgulhar de ter Zanin como ministro da Suprema Corte — declarou Lula.
Não há nenhum impedimento para a escolha de Zanin ao STF. A indicação de um ministro da Corte é atribuição exclusiva do presidente da República. O nome deve atender a três requisitos: ser brasileiro nato, ter mais de 35 e menos de 65 anos e ter notável saber jurídico e reputação ilibada.