O PT inicia nesta segunda-feira (15) uma série de reuniões para solucionar as últimas pendências antes da largada para as eleições municipais deste ano.
Como parte do pacote, o partido deve resolver antes do fim da semana o impasse sobre a liberação de recursos do fundo eleitoral para abastecer o caixa de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.
A polêmica vem rondando a cúpula petista há várias semanas. De um lado, o PSOL pede que o PT transfira até R$ 40 milhões, que, somados aos R$ 30 milhões já arrecadados, aproximaria o caixa de Boulos do teto de gastos previsto pela lei eleitoral.
Na outra ponta, entretanto, candidatos a vereador do PT se queixam da demanda do PSOL e pedem que a sigla reserve os recursos para a disputa pelas câmaras municipais.
Como regra, o PT veda repasses a campanhas aliadas. Mas, por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o partido já decidiu que irá transferir dinheiro para a campanha de Boulos.
Internamente, a cúpula partidária se apoia no argumento de que Boulos tem uma vice do PT, a ex-prefeita Marta Suplicy.
A dúvida maior, neste momento, diz respeito ao tamanho do repasse. Segundo fontes ouvidas pela CNN, a tendência é que a cúpula partidária encontre um meio termo. Ou seja, os repasses ocorrerão, mas devem ser menores que o esperado pelo PSOL.
Na reunião desta segunda-feira, a executiva petista tende a dar uma sinalização do caminho que será tomado. Mas uma decisão final só deve sair na quinta-feira, quando ocorrerá a reunião do Diretório Nacional do partido.
Este conteúdo foi originalmente publicado em PT deve enquadrar insatisfeitos e confirmar reforço de caixa para Boulos no site CNN Brasil.