O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 4ª feira (16.out.2024) que a existência da fome no país se dá por conta da “irresponsabilidade” por parte do governo brasileiro. A declaração do petista se deu durante lançamento de medidas voltadas para o abastecimento alimentar.
“A única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada irresponsabilidade de quem governa”, declarou o chefe do Executivo.
Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Lula atribuiu a fome no país aos seus antecessores. “Vocês sabem que, em 2014, a FAO [Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação] anunciou o Brasil fora do mapa da fome. Para tirar, levou muitos anos. Para destruir, levou poucos meses. Ou seja, quando nós voltamos já tinha 33 milhões de pessoas passando fome outra vez”, afirmou o chefe do Executivo.
Lula não citou os ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB) nominalmente.
O presidente cobrou os ministros presentes e afirmou que vai ficar “no pé” dos integrantes da sua gestão para a execução das políticas contra a insegurança alimentar. Disse ainda que a “ideia” era tirar todas as pessoas da fome até o fim de seu mandato, em 2026.
DIA DA ALIMENTAÇÃO
O presidente Lula participou nesta 4ª feira (16.out) de cerimônia relacionada ao Dia Mundial da Alimentação, no Palácio do Planalto.
Na ocasião, os ministros do governo assinaram uma série de planos nacionais voltados para o abastecimento alimentar, agroecologia e produção orgânico. Eis a íntegra da apresentação do governo (PDF – 821 kB).
Leia abaixo algumas das medidas anunciadas pelo governo federal:
- Planapo (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica)
Investimento de R$ 9 bilhões por parte do governo contém 7 eixos: produção, uso e conservação da agrobiodiversidade, construção de conhecimento e comunicação, terra e território; sociobiodiversidade; e saúde e cuidados com a vida.
- Planaab (Plano Nacional de Abastecimento Alimentar Alimento no Prato)
Com o slogan “Alimento saudável no prato”, o plano conta com 92 ações estratégicas e 6 eixos. Entre eles, estão a distribuição e comercialização de alimentos e a promoção de um “preço justo” para os produtos.