Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) internado em São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumirá agenda em Brasília com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico. Ele receberá o chefe de estado no Palácio do Planalto, terá uma reunião bilateral e depois assinará atos conjuntos nesta 3ª feira (10.dez.2024). Às 13h, terão um almoço no Palácio do Itamaraty.
Todos esses compromissos diplomáticos seriam realizados por Lula. Alckmin estava fora da capital e já está retornando para honrar a agenda deixada pelo petista.
Lula foi internado às pressas na noite de 2ª feira (9.dez), no Hospital Sírio-Libanês. Segundo boletim médico, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico para drenagem de um hematoma. O chefe do Executivo está internado na UTI e “encontra-se bem”.
O presidente se queixou a sua equipe no Planalto de desconfortos na cabeça ainda na tarde de 2ª feira (9.dez). O petista encerrou a reunião que havia marcado horas antes com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), depois de apenas meia hora para ir ao Hospital Sírio-Libanês na capital federal. Chegou às 18h para fazer exames.
Além desse compromisso, o presidente tinha previsto na agenda reuniões com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e da Saúde, Nísia Trindade. Ele também se encontraria com seu chefe de gabinete, Marcola, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Esses despachos devem ser cancelados.
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência da República), Paulo Pimenta, gravou um vídeo em que explica o que se passou com o presidente. Segundo ele, o chefe de Estado estava indisposto ao longo da 2ª feira, sendo submetido a uma bateria de exames no fim da tarde. Diz ainda que Lula está internado e seguirá assim por “alguns dias”.
“Ontem [Lula] estava um pouco indisposto durante o dia, no final da tarde estava com dor de cabeça e, em contato com os médicos, decidiu então realizar uma bateria de exames no final da tarde no Hospital Sírio-libanês em Brasília. Realizados esses exames foi constatada a necessidade desse procedimento cirúrgico e os médicos optaram então em realizar esse procedimento em São Paulo. A equipe coordenada pelo dr. Kalil”, disse Pimenta.
Lula foi a unidade de Brasília do hospital “após sentir dor de cabeça”. Uma ressonância magnética mostrou uma hemorragia intracraniana “decorrente do acidente domiciliar sofrido” pelo presidente em outubro. O petista, então, foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, “onde foi submetido à craniotomia para drenagem de hematoma”.
“O procedimento ocorreu de forma absolutamente normal, dentro do planejado. O presidente encontra-se internado, vai permanecer internado por mais alguns dias, mas está absolutamente estável, sob controle. Foi importante esse procedimento para que pudesse estabilizar a situação da saúde do presidente e que ele pudesse voltar a atividade o mais rapidamente possível”, seguiu o ministro da Secom.
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Segundo o hospital, “a cirurgia transcorreu sem intercorrências”. Lê-se no boletim médico: “no momento, o presidente encontra-se bem, sob monitorização em leito de UTI”.