O neurologista Tarso Adoni, do Hospital Sírio-Libanês, concedeu uma entrevista à CNN Brasil para esclarecer sobre o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alertar sobre os riscos de quedas em idosos.
O especialista explicou que o hematoma subdural crônico, condição diagnosticada no presidente, tende a se tornar mais comum devido ao envelhecimento da população mundial. “O hematoma subdural habitualmente acontece, embora existam inúmeras causas, a causa mais comum é um trauma mínimo, um traumatismo craniano mínimo”, afirmou Adoni.
Riscos do hematoma subdural crônico
Segundo o neurologista, situações cotidianas como escorregar no banheiro, bater a cabeça ao sair do carro ou se levantar abruptamente podem causar esse tipo de sangramento. Ele comparou o processo a uma “torneira com vazamento lento”, onde pequenas gotas se acumulam gradualmente.
Adoni ressaltou a gravidade da condição: “Qualquer coisa que cresça dentro da cavidade craniana não tem para onde expandir. Portanto, ela vai comprimir as coisas que estão abaixo”. Essa compressão pode levar a sintomas neurológicos e necessitar de intervenção cirúrgica.
Cuidados e recuperação após o quadro
O médico enfatizou a importância do repouso e cuidados após quedas, especialmente em idosos. Sobre a recuperação do presidente Lula, Adoni sugeriu que a retomada das atividades deve ser gradual, possivelmente com restrições iniciais em deslocamentos maiores.
Isso serve como um alerta para familiares e cuidadores de idosos, ressaltando a necessidade de atenção especial após quedas ou batidas na cabeça, mesmo que aparentemente leves.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso do Lula: Neurologista alerta se hematoma subdural crônico é comum no site CNN Brasil.