67% aprovam isenção do IR a quem ganha até 5.000, diz pesquisa

Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta 3ª feira (21.jan.2025) diz que 67% dos brasileiros aprovam a medida anunciada em novembro pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de isentar do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) os que recebem até R$ 5.000 por mês. 

Foram ouvidos 2.018 eleitores nos 26 Estados e no Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas de 7 a 10 de janeiro de 2025. O grau de confiança é de 95,0% para uma margem estimada de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Eis a íntegra da pesquisa (PDF – 374 kB). 

Entre os entrevistados, 60,8% disseram ter tomado conhecimento da medida, ante 39,2% que declararam não saber da isenção. 

O Paraná Pesquisa perguntou a opinião dos entrevistados com relação à medida, “independentemente de ter tomado conhecimento dessa isenção”. Eis as respostas: 

  • aprova – 67,0%;
  • desaprova – 23,2%; 
  • não sabe/não opinou – 9,8%.

PERDA DE ARRECADAÇÃO

A isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5.000 por mês levaria o governo a uma perda de arrecadação anual de R$ 51 bilhões a partir de 2026. A Unafisco Nacional (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) encaminhou dados com exclusividade ao Poder360.

A arrecadação projetada é de R$ 312,26 bilhões anuais. Uma nova correção da tabela do Imposto de Renda beneficiaria mais 9,6 milhões de brasileiros em 2026. Ao todo, 26 milhões de declarantes estariam livre de tributação.

A expectativa é que Lula encaminhe ao Congresso um projeto de lei sobre o tema em 2025. Há 16,5 milhões de brasileiros isentos com a atual tabela do Imposto de Renda.

Dados da entidade também mostram que uma correção integral na tabela do IRPF levaria o limite de isenção para R$ 5.109,55, contemplando 28,4 milhões de brasileiros ao todo. Nesta situação, a perda arrecadatória seria de R$ 234,97 bilhões anuais.

A correção da tabela desejada é aquela que corrige todas as faixas. A proposta de isentar quem ganha até R$ 5.000 tem que ser recebida como um 1º passo em direção à justiça tributária para a classe média brasileira”, disse Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional.

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