‘Tentativa de golpe’: Lula assina artigo sobre atos de 8 de janeiro em jornal dos EUA

“Tentativa de golpe”, “manifestantes guiados por mentiras” e “teste severo à democracia” foram classificações feitas pelo presidente Lula (PT) nesta segunda-feira (8) em artigo que assinou no Washigton Post, jornal norte-americano. O chefe do Executivo avalia os atos de 8 de janeiro de 2023, que completam o primeiro ano neste dia.

Presidente analisou atos de 8 de janeiro

Presidente opinou sobre evento, que completa um ano nesta segunda-feira, e elencou fatores que o desencadearam – Foto: Agência Brasil/Divulgação/ND

Lula compara o episódio à invasão do Capitólio, registrada dois anos antes nos Estados Unidos e no qual, tal como o ato no Brasil, os manifestantes invadiram e depredaram a sede do Congresso. Em ambos os episódios, os manifestantes reprovaram o resultado das eleições.

“Felizmente, a tentativa de golpe falhou. A sociedade brasileira rejeitou a invasão e, durante o último ano, o Congresso Nacional, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Executivo dedicaram esforços para esclarecer os fatos e responsabilizar os invasores”, afirma Lula. “A democracia prevaleceu e ficou mais forte”.

À época, 2170 pessoas foram presas. Em maio uma CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi instaurada pelo Congresso Nacional. Quatro meses depois, o STF começou a julgar os responsáveis por depredar e organizar o eventos.

Um ano do 8 de janeiro: relembre a invasão

Na tarde daquele domingo, 8 de janeiro de 2023, manifestantes revoltados com o resultado das eleições presidenciais vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. As ações foram orquestradas em um acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, de acordo com o relatório produzido pelo interventor Ricardo Capelli.

Os manifestantes invadiram as sedes e destruíram obras de arte, mobiliário e a própria estrutura das Casas. Os danos ao Palácio do Planalto foram estimados no valor total de R$ 7,9 milhões. E os prejuízos causados à sede do Supremo Tribunal Federal atingiram o valor de R$ 5,9 milhões. Dentre as obras destruídas, está o painel Araguaia, o quadro As Mulatas, de Di Cavalcanti, entre outros.

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