Eduardo Cunha, algoz de Dilma, elogia Gleisi Hoffmann

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (Republicanos) avalia que teve uma boa relação com a nova ministra da articulação política do governo Lula, a deputada Gleisi Hoffmann (PT), durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-congressista, responsável pela abertura do processo de impeachment da petista, disse que Gleisi sempre cumpriu acordos feitos com ele e que tiveram uma relação pacificada. Mas afirma que atualmente a presidente do PT tem tido postura mais combativa.

Gleisi foi ministra da Casa Civil de junho de 2011 a fevereiro de 2014. Na época, Cunha era o líder do MDB na Câmara.

“Eu tive uma relação com a Gleisi, e até boa relação, quando ela foi chefe da Casa Civil e eu assumi a liderança do MDB. Naquele momento já tinha muito atrito e eu consegui ter com ela uma relação boa, pacificada. Pelo menos comigo ela cumpriu tudo”, disse Cunha ao Poder360.

Gleisi foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta 6ª feira (28.fev.2025) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Ela substituirá Alexandre Padilha, que foi transferido para o comando do Ministério da Saúde. Ambos tomam posse nos novos cargos em 10 de março.

Para Cunha, Gleisi passou a ter uma postura mais contundente e combativa depois que deixou o governo Dilma e no período à frente da presidência do PT, cargo que exerce desde 2017. O ex-deputado avalia que, na nova função, a petista terá de modular o discurso para ter espaço de articulação com outros partidos.

“Ela estava exercendo um papel verborrágico de atuar com discurso a favor da militância do PT. Então, consequentemente, na hora que você vai para um papel que tem que justamente neutralizar a militância para poder contemporizar com o resto, ela vai ter alguma dificuldade, pelo menos de discurso”, disse.

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