Cooperação China-América Latina é inevitável, diz chanceler chinês

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, declarou na 4ª feira (14.mai.2025) que a cooperação entre a China e a América Latina é “inevitável” se os países da região quiserem atingir um desenvolvimento econômico pleno e a “justiça da humanidade”.

Em discurso no 4º Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o chanceler chinês convocou as nações a se unirem contra as medidas unilaterais dos EUA. Disse que os norte-americanos querem “saquear a região”. Eis a íntegra do documento (PDF – 276 kB, em espanhol).

Wang Yi afirmou que a situação internacional “turbulenta e mutável” provocada pelas tarifas unilaterais da Casa Branca desafia a filosofia da cooperação internacional. Segundo o chanceler, os EUA estão tentando interromper a modernização de países do Sul Global para se manter na condição de superpotência.

“Acima de tudo, um determinado país grande, buscando “meu país primeiro”, está tentando saquear os frutos do desenvolvimento de países do Sul Global, como a China e a América Latina e o Caribe, e atrasar ou até mesmo interromper o processo de modernização da China e da região”, disse o chanceler chinês.

FÓRUM CHINA-CELAC E BILATERAL COM BRASIL

Ao todo, presidentes de 3 países sul-americanos participaram da cúpula que aproxima a China da América Latina:

No evento, os líderes sul-americanos defenderam o multilateralismo e criticaram a política comercial norte-americana.

Tiveram encontros individuais com o líder chinês Xi Jinping e firmaram acordos de cooperação econômica e cultural entre as partes. Um dos destaques foi a entrada da Colômbia no projeto chinês da Nova Rota da Seda.

Depois do fórum, Lula teve uma reunião bilateral com Xi Jinping no Palácio do Povo –o Congresso chinês. O resultado foi a assinatura de 36 acordos entre Brasil e China, além de diversas manifestações de apoio entre os países contra as tarifas dos EUA.

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