O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas anunciado nesta 4ª feira (15.jan.2025). O petista afirmou que, depois de “tanto tempo de sofrimento e destruição”, a notícia “traz esperança”.
“Que a interrupção dos conflitos e a libertação dos reféns ajudem a construir uma solução duradoura que traga paz e estabilidade a todo Oriente Médio”, escreveu em seu perfil no X (ex-Twitter).
Em nota (leia mais abaixo), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro disse que tomou a anúncio do cessar-fogo com “grande satisfação” e apelou pela retomada imediata da paz entre as duas partes.
“O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil”, afirmou o Itamaraty.
ENTENDA
A medida de paz será implementada em 3 fases a partir de 19 de janeiro, segundo o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani. A guerra dura mais de 1 ano e 3 meses.
O presidente Eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), atribuiu o sucesso do acordo entre Israel e Hamas à sua eleição para a Casa Branca.
Em uma publicação na rede Truth Social, o republicano disse que sua “vitória histórica” sinalizou para o “mundo inteiro” que seu governo busca a paz e negocia pactos para “garantir” segurança ao aliados dos EUA.
A nota do Itamaraty cita os EUA e os governos do Qatar e do Egito.
O Qatar entregou o rascunho do acordo de cessar-fogo na 2ª feira (13.jan). O texto preliminar já havia sido aceito pelo grupo extremista palestino. Ainda será votado pelo gabinete do governo israelense na 5ª feira (16.jan).
Leia a íntegra da nota do Itamaraty:
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com grande satisfação, do anúncio, pelos governos do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Se confirmado oficialmente pelas partes envolvidas, o acordo interrompe conflito que, em 15 meses, vitimou fatalmente mais de 46 mil palestinos, com grande proporção de mulheres e crianças, e mais de 1.200 israelenses, além de mais de 160 jornalistas e 265 funcionários das Nações Unidas. O conflito causou ainda o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas e a destruição da infraestrutura do território palestino, incluindo hospitais e escolas, gerando danos indiretos incalculáveis para gerações atuais e futuras.
“O Brasil exorta as partes envolvidas a respeitarem os termos do acordo e a garantirem a cessação permanente das hostilidades, a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária a Gaza, assim como a assegurarem as condições necessárias para o início do urgente processo de reconstrução de sua infraestrutura civil.
“O Brasil apela pela retomada imediata do processo de paz entre israelenses e palestinos e reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital.”