Lula passa a considerar indicar mulher para STF

Presidente tem sido cobrado a substituir a ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro, por outra magistrada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no CNDI no Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

O presidente Lula (PT) passou a considerar a possibilidade de indicar uma mulher para o Supremo Tribunal Federal (STF). Pressionado publicamente por movimentos sociais, ele começou a colher informações sobre possíveis candidatas ao cargo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião no CNDI no Palácio do Planalto, em Brasília (DF) – Gabriela Biló/Folhapress
DESPEDIDA
A ministra Rosa Weber se aposenta em outubro. Sem ela, apenas uma mulher integrará a Corte: Cármen Lúcia, indicada pelo próprio Lula em 2006, quando exercia seu primeiro mandato de presidente.
DE PERTO
O problema essencial de Lula permanece: ele não quer indicar para a Corte uma pessoa em quem não deposite confiança irrestrita e com quem não tenha uma proximidade razoável.
DE PERTO 2
Assim como Jair Bolsonaro (PL) afirmava que indicaria ao Supremo alguém que tomasse cerveja ou tubaína com ele, referindo-se a uma proximidade mínima, interlocutores de Lula dizem que o petista não quer indicar alguém para quem não possa ao menos telefonar, se necessário. E não há hoje, nos meios jurídicos, uma mulher que se encaixe automaticamente nesse perfil.
SOMOS MUITAS
Por outro lado, há juízas, desembargadoras, ministras de cortes superiores e advogadas com histórico considerado progressista e que teriam apoio de setores da esquerda para o cargo. É sobre elas que Lula está recebendo informações.
SOMOS MUITAS 2
Na lista estão, entre outras, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Regina Helena Costa, a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Simone Schreiber, e as advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.
SOMOS MUITAS 3
Já o movimento Juristas Negras defende o nome de uma de suas fundadoras, a promotora Lívia Vaz, para o cargo. Uma carta chegou a ser escrita e endereçada a Lula pleiteando a indicação. Mulheres do Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da USP, também divulgaram uma carta aberta defendendo, sem citar nomes, que a vaga seja ocupada por uma mulher negra.
A editora de fotografia Ivana Debértolis e a editora, curadora e produtora Mônica Maia receberam convidados na abertura da exposição “Imagens para o Futuro”, realizada no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, na noite de terça (11). A curadoria da mostra é assinada por elas. A artista Helen Salomão e a fotógrafa Eliaria Andrade estiveram lá. O diretor da instituição, André Sturm, prestigiou o evento.
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