O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, disse nesta terça-feira (17), que deve “incomodar muita gente” pela sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que está “à disposição” em caso de reforma ministerial no governo.
“Ele tira e bota quem ele quiser, a hora que ele quiser, essa é a natureza da política”, disse. As declarações foram feiras a jornalistas em café da manhã, no Palácio do Planalto.
Macêdo tem sido apontado, nos bastidores do Planalto, como um dos nomes que pode cair numa eventual mudança na equipe do presidente. Em conversa com jornalistas, o ministro negou que uma reforma ministerial esteja em discussão, mas reclamou de “inimigos” no governo.
“Eu achava que não tinha inimigo. Depois eu descobri que tem um monte”, pontuou. Sem citar nomes, o chefe da pasta responsável pela articulação política com a sociedade civil, disse ter sido avisado por amigos que tem gente querendo ocupar o seu lugar.
“Eu tô muito feliz com o que eu tô fazendo, deve incomodar muita gente, porque olha eu não sou do Brasil profundo, eu não sou de São Paulo, eu não sou como a gente chama ‘do Sul’, nem do Sudeste. Eu venho do meu estado político, do menor estado da federação, isso deve incomodar muita gente, né? Esse cara do ministro palaciano, [têm] a confiança do presidente, todo dia alguém planta uma coisa e eu fico olhando, mas isso não me mexe”, disse.
A saída de Macêdo do cargo pode ocorrer para que o atual ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, ocupe o posto da Secretaria-Geral da Presidência. Lula já demonstrou estar insatisfeito com a atuação de Pimenta na pasta, e quer dar o lugar para o marqueteiro Sidônio Palmeira, responsável pela campanha eleitoral petista, em 2022.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Márcio Macêdo reclama de “inimigos” e diz que reforma ministerial cabe a Lula no site CNN Brasil.