O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 3ª feira (14.jan.2025) que a proibição de usar celulares nas escolas foi para “proteger” crianças e professores de mentiras e notícias falsas. A fala foi durante discurso no lançamento do Pé-de-Meia Licenciaturas, programa que dará bolsa para estudantes fazerem graduações de olho em se tornarem professores.
“E nós temos que enfrentar nesse instante, desse desafio, uma outra revolução, a da mentira. Das fake news. De gente que não presta e mente descaradamente. É por isso que nós tomamos a decisão de proibir celular na educação. A gente proibiu para defender as nossas crianças. A gente proibiu para defender os nossos professores. Para defender a nossa educação. Nós queremos continuar humanistas, nós não queremos virar algoritmos nesse mundo”, afirmou.
No evento da sanção do PL (projeto de lei) 104 de 2015, que veta o uso de aparelhos eletrônicos portáteis por estudantes do setor público e privado, Lula disse que a proibição do uso de celulares nas escolas é uma forma de educação, não de “proibição”.
“Depois que ele [estudante] sair da sala de aula e chegar na casa dele, que a mãe dele faça o que ele quiser, nós não vamos proibir. Nós não estamos interferindo na proibição, estamos apenas educando que tem lugar que é permitido e lugar que não é”, disse.
Programa Mais Professores
Nesta 3ª feira (14.jan), Lula lançou o programa Mais Professores para o Brasil, com bolsas de R$ 1.050 até R$ 2.100.
A iniciativa terá duas modalidades: uma para estudantes de licenciatura, que receberão um Pé-de-Meia durante a graduação, e outra para quem quiser lecionar em regiões remotas do país.
Em seu discurso, o petista afirmou que não adianta elogiar os professores e pagar uma “merreca” para a categoria. Além disso, também declarou que o criticaram quando lançou o Pé-de-Meia por considerarem o programa um gasto.
“Nós temos que pensar muito no salário dos professores. Porque a gente não pode elogiar professor e na época de pagar o salário, a gente pagar uma merreca para os professores. Como se ele fosse a última coisa do mundo”, disse.
“Muita gente entendeu o Pé de Meia como gasto. Esse Lula só sabe gastar dinheiro com pobre. Não é gastar dinheiro com pobre não, eu gostaria que ninguém fosse pobre. Eu gostaria que ninguém precisasse dessa ajuda. Mas como é que pode um presidente da República, um ministro da Educação, ficar passivo quando a gente vê que 500 mil crianças, meninas e meninos, são obrigadas a deixar a escola para tentar ajudar no orçamento da família”, completou.