A ida da presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência da República deve abrir caminho para a eleição de Edinho Silva no comando da sigla, que tem eleições marcadas para 6 de julho de 2025.
A entrada da deputada paranaense na Esplanada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já é dada como certa no Planalto e Congresso. A avaliação, segundo apurou o Poder360, é de que ela merece um reconhecimento por ter sido fiel a Lula desde antes do petista voltar ao Planalto em 2023.
Sua nomeação é vista como prestígio ao partido e reparação ao que poderia ter sido feito no início do governo. Apesar do desejo de Gleisi de concluir a gestão no PT, ela tem dito a aliados que está à disposição para defender o projeto do governo Lula onde for necessário, seja na Câmara ou no Executivo.
O acordo em debate seria para que o atual líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), assuma interinamente a presidência do PT até julho. Lá, ele e Gleisi apoiariam uma candidatura sem oponentes do ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva.
Mas há controvérsia quanto à relação da nomeação de Gleisi com a sucessão no partido. Uma ala acredita que isso não interfere nas candidaturas à presidência do PT. Apesar do favoritismo de Edinho, a ala mais à esquerda da sigla ainda pode lançar um nome.
Na Secretaria-Geral, Gleisi comandaria o diálogo direto com os movimentos sociais, que já foi alvo de críticas de Lula. Em ato do 1º de Maio de 2024, o presidente cobrou o atual ministro, Márcio Macêdo. Durante seu discurso no palanque, o petista disse que o ato havia sido “mal convocado”.
O destino de Macêdo ainda não está fechado, uma das alternativas era que este fosse para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), já que é biólogo de formação.