O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou agendas que teria em Rondônia e no Pará no fim desta semana por conta da viagem que fará para Roma, onde acompanhará o funeral do papa Francisco, que morreu na 2ª feira (21.abr.2025).
Os detalhes da comitiva de Lula para a Itália devem ser anunciados ainda nesta 3ª feira (22.abr). A ideia é que o grupo brasileiro parta para a Europa no fim da 5ª feira (24.abr). A primeira-dama Janja da Silva também estará na viagem.
O Vaticano informou que o funeral será realizado no sábado (26.abr). Os procedimentos devem levar 9 dias e foram simplificados por Francisco em novembro de 2024. O corpo de Francisco será levado para a Basílica de São Pedro e, em seguida, para a Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado.
A organização do funeral e do enterro seguirá o livro “Ordo Exsequiarum Romani Pontificis” (ritos funerais para um pontífice romano), que contém indicações para a liturgia e as orações das cerimônias que envolvem o enterro do papa. Uma nova versão da obra foi publicada depois da aprovação de Francisco. Leia aqui os passos que serão seguidos pelo Vaticano.
Tanto em Porto Velho (RO) quanto em Parauapebas (PA), agendas de 5ª feira e 6ª feira, respectivamente, teriam entregas do governo relacionadas à reforma agrária.
Lula e Francisco
Lula e o papa se encontraram 3 vezes:
- fevereiro de 2020 – o petista esteve com o pontífice no Vaticano 3 meses depois de ter deixado a prisão. Na época, o encontro foi usado para reforçar a imagem de líder internacional de Lula. Em junho de 2018, enquanto ainda estava na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, um emissário do papa tentou dar a Lula um terço que havia sido abençoado pelo religioso. A Polícia Federal, porém, não permitiu sua entrada. O presente foi entregue posteriormente acompanhado de um bilhete. A Santa Sé esclareceu depois que o gesto não representava uma ação oficial do papa;
- junho de 2023 – Lula e Janja se reuniram com Francisco no Vaticano durante visita do presidente à Itália;
- junho de 2024 – o presidente e a primeira-dama Janja Lula da Silva estiveram na Puglia, região sul da Itália, para a cúpula do G7. Francisco havia sido convidado e teve um encontro com o casal na ocasião.
Nas ocasiões em que se encontraram, Lula sempre ressaltou que as conversas giraram em torno de temas convergentes, como o combate à fome e justiça social, e soluções pacíficas para as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Em 2022, Francisco disse que a investigação da operação Lava Jato que levou Lula à prisão, em abril de 2018, foi iniciada a partir de “notícias falsas na mídia que criaram um clima favorável ao julgamento”.
“Parece que não houve um procedimento adequado. Aqui tem que ter cuidado com quem monta o cenário do procedimento, seja qual for. Eles o armam através da mídia de tal forma que têm um efeito sobre aqueles que devem julgar e decidir”, disse o pontífice em entrevista publicada pelo jornal espanhol ABC.
Em 2023, o papa voltou a comentar sobre o assunto e disse em entrevista à emissora argentina C5N que Lula foi condenado injustamente pela Lava Jato e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tem “as mãos limpas” apesar de ter sofrido um impeachment.