O ex-ministro das Relações Institucionais –área responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso– Alexandre Padilha, não quis comentar sobre as chances de instauração da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social).
Perguntado pelo Poder360, Padilha –que comandou a Secretaria de Relações Institucionais por 800 dias antes de deixar o cargo para assumir o Ministério da Saúde em março– disse que está focado só nas pautas relacionadas à saúde.
“Como você disse, eu estava cuidando. Há 60 dias eu estou no Ministério da Saúde, eu virei a chave já. Nos últimos 60 dias, a minha dedicação o tempo todo é buscar mais acesso ao tratamento da saúde no nosso país”, disse Padilha.
Opositores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pressionam pela instauração da CPMI desde a deflagração da operação Sem Desconto da PF (Polícia Federal) que investiga fraudes no INSS estimadas em cifras bilionárias.
Uma CPMI poderia desgastar o governo no Congresso e travar debates econômicos como o projeto de isenção do imposto de renda. O requerimento para a instalação já atingiu as assinaturas necessárias, mas o governo diz que as chances de a CPMI avançar são baixas.
Como mostrou o Poder360, a Esplanada de Lula avalia que líderes no Congresso querem esperar as investigações da PF avançarem e são contra a instauração imediata da CPMI. Um dos motivos é que as fraudes identificadas pela PF ocorrem desde o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e poderia atingir figuras do Centrão que atuaram pelos 2 governos.