A articulação do ex-presidente da República Michel Temer (MDB) para unir 5 governadores em busca de uma 3ª via para a eleição presidencial de 2026 tem causado revolta no círculo de pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apurou o Poder360, Temer tem como objetivo construir, em torno do chamado Movimento Brasil, uma candidatura de centro-direita que funcione como alternativa à polarização política protagonizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro.
Depois que o jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial elogiando a movimentação do ex-presidente em torno dos governadores Eduardo Leite (PSD), Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), Fabio Wajngarten classificou a proposta como “palhaçada”.
“Se continuarem nessa palhaçada de ‘Direita sem Bolsonaro’ eu vou manobrar dia e noite por uma chapa PURA. Tem muitos mandatados batendo palmas. Eleição é voto e o Bolsonarismo é usina geradora deles. Vamos ver quem os tem…”, escreveu no X o chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro.
Em resposta ao jornalista Silvio Navarro, que concordou com a posição de Wajngarten, ele acrescentou: “Direita sem Bolsonaro é direita sem voto”.
O pastor Silas Malafaia, presidente da Advec (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), usou suas redes sociais para enviar uma mensagem diretamente a Temer defendendo uma união em torno de uma candidatura da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
“Se existe uma articulação para um candidato da direita, caso o vergonhoso impedimento de Bolsonaro persista, o senhor esqueceu do [sic] candidato mais bem avaliado na pesquisa depois de Bolsonaro. Michelle! Ela reúne os votos dos bolsonaristas, direita, mulheres e evangélicos”, escreveu o pastor.
Com o bom desempenho da ex-primeira-dama nas pesquisas, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) já vêm sendo inclusive cogitados pela cúpula bolsonarista como opções para a vice em uma eventual candidatura de Michelle à Presidência.
Desde que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu pela inelegibilidade de Bolsonaro, a vaga do ex-presidente para a corrida eleitoral de 2026 vem sendo objeto de disputa entre políticos da direita.
Apesar da decisão da Corte, Bolsonaro continua afirmando a aliados que será candidato em 2026. Por isso, o seu entorno evita citar a preferência por uma candidatura para não desagradar o ex-presidente.
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