No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, mostra o 1º relatório de igualdade salarial do Ministério do Trabalho e Emprego divulgado nesta 2ª feira (25.mar.20224). De acordo com o órgão, essa diferença salarial varia de acordo com o grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de remuneração chega a 25,2%. Eis a síntese do relatório.
A remuneração média das mulheres (R$ 3.041,00) equivale a 68% do valor médio R$4.472,00 do Brasil. Por outro lado, o salário dos homens não negros era 27,9% maior do que o valor médio nacional.
Quando se considera o recorte por raça e por cor, constatou-se que os profissionais negros recebem menos do que os trabalhadores não negros. Segundo o levantamento, enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, as profissionais não negras do sexo feminino recebem R$ 4.552.
Os homens negros recebem em média R$ 3.844 por mês. Já os homens não negros têm remuneração média de R$ 5.718.
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O Amapá é o único Estado que não apresentou diferença salarial média entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. Piauí, Sergipe e Distrito Federal são as 3 unidades da Federação com menor diferença de remuneração média: 6,3%, 7,1% e 8%, respectivamente.
O relatório aponta, ainda, que só 32,6% das empresas têm adotado políticas para contratação de mulheres.
Os dados foram coletados pelo ministério a partir do eSocial e informações enviadas por empresas com 100 ou mais funcionários com carteira assinada até 8 de março.
O documento deve ser divulgado na íntegra, obrigatoriamente, pelas companhias nas redes sociais ou site. O não cumprimento pode resultar em multa administrativa de 3% das folhas de salários, limitada a 100 salários mínimos.
As organizações que tiveram desigualdade salarial apontada terão prazo de 90 dias para apresentar um plano de ação para mitigação da desigualdade.
Pesquisa
O questionário do ministério foi respondido por 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários com carteira assinada, correspondendo a 17,7 milhões de empregados.
Desde que a Lei de Igualdade Salarial foi aprovada, em julho do ano passado, as empresas precisam semestralmente enviar informações de salários e ações para que comprovem a igualdade salarial entre homens e mulheres.
Esta reportagem está sendo atualizada.