Está repercutindo nesta terça-feira (26) uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo sobre investimentos recentes feitos pela Presidência da República em mobiliário, reformas de palácios oficiais, entre outros itens. Os palácios são frequentados por Lula e Janja, presidente da República e primeira-dama, respectivamente.
Segundo o jornal, as informações foram retiradas do Portal da Transparência e correspondem a todo o ano de 2023. As cifras envolvem o empenho de recursos públicos da União, mas que beneficiarão pessoas próximas ao presidente da República.
Palácio usado por Lula terá novos enxovais, persianas, tapetes, entre outros itens
As cifras, segundo a reportagem do jornal, saltam aos olhos: tapetes de até R$ 113,8 mil; R$ 156,1 mil para trocar o piso da residência oficial da Granja do Torto; R$ 130,6 mil em um enxoval de lençóis e roupas de cama e banho; R$ 182 mil em persianas para vidraças com “motorzinho”, entre outros itens.
O jornal apurou que, desde o início do ano, o valor que a Presidência da República desembolsou em reformas e compra de novos móveis, além de itens de cama, mesa e banho, já chegam aos R$ 26,8 milhões.
Os móveis, materiais e utensílios domésticos seriam investimentos para melhorar a infraestrutura do Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada, Residência Oficial do Torto e para o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.
Um ponto destacado pelo jornal é que, no fim de novembro, foi publicado um edital para a compra de 13 tapetes para palácios oficiais do Governo Federal. No documento, há inclusive exigência de material específico para os itens: nylon e sisal de fibra.
Segundo a reportagem, o Alvorada deve receber três unidades do tapete, enquanto outros 10 irão para o Planalto. O valor estimado da compra é de R$ 374,4 mil.
Procurada pelo jornal, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou que as compras seriam luxuosas, mas que as peças respeitam padrões e referências de outras obras do segmento.
A presidência ainda defende que os itens serão bens incorporados ao patrimônio da União pelos futuros chefes de Estado.