Alguns plantam mentiras, outros trabalham, diz Pacheco em aceno a Lula

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta 5ª feira (16.jan.2025) que “enquanto alguns se ocupam de plantar desinformação nas redes sociais, há muitas pessoas trabalhando” para que o país “resolva realmente os seus problemas”. O congressista discursou na cerimônia realizada no Palácio do Planalto para sancionar o PLP (Projeto de Lei Complementar) 68 de 2024, texto principal da regulamentação da Reforma Tributária.

“Enquanto há muitas pessoas fazendo discurso pelo engajamento, a partir da premissa falsa, da desinformação e da inverdade, há pessoas trabalhando para que esse país possa superar as suas dificuldades. Portanto, há uma frase meio clichê, mas que calha muito neste momento: nada resiste ao trabalho, e aqueles que trabalham vencerão aqueles que não trabalham e enganam a população brasileira”, declarou o senador. 

As declarações de Pacheco foram feitas em um momento em que o Executivo se esforça para contornar a crise causada pela popularização de vídeos desinformativos sobre a taxação de pagamentos via Pix. O governo, na verdade, havia anunciado o monitoramento de transações acima de R$ 5.000 realizadas por pessoas físicas, mas recuou e informou na 4ª feira (15.jan) que revogará a medida.

Nesta 5ª feira (16.jan.2025), o governo publicou uma MP (Medida Provisória) que impede cobranças adicionais ou impostos sobre o Pix. O texto também equipara o Pix ao pagamento em espécie. Não incidirá tributo (imposto, taxa ou contribuição) no uso da ferramenta digital.

ACENO A LULA

As declarações de Pacheco também representam um aceno ao governo, que se prepara para uma reforma ministerial em 2025 com o objetivo de acomodar partidos do Centrão.

O presidente do Senado, que deixa o cargo em 1º de fevereiro, é cogitado para ocupar os ministérios da Justiça ou da Saúde. 

O PSD –partido de Pacheco– e o União Brasil, siglas consideradas aliadas, levaram ao governo suas insatisfações com a representação que têm na Esplanada. Cobraram mais espaço nos ministérios em troca de apoio às medidas enviadas pelo Executivo ao Congresso.

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