Comunistas foram mortos por menos, diz Lula sobre plano para matá-lo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (5.fev.2024) que quem for condenado por orquestrar um plano para matar autoridades em 2022 não merece absolvição. Afirmou que, no passado, integrantes do Partido Comunista foram mortos “por menos”, em referência à Ditadura Militar (1964-1987).

A fala se deu durante entrevista a rádios de Minas Gerais, no Palácio do Planalto. No final de 2024, a PF (Polícia Federal) realizou operação e prendeu 5 pessoas suspeitas de fazer um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes.

“Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou inclusive a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do tribunal eleitoral não merece absolvição. Eu acho. Eu digo todo dia, por menos do que eles fizeram, muita gente do partido comunista foi morto”, declarou Lula.

As pessoas foram incluídas no inquérito do suposto Golpe de Estado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vice na chapa derrotada de 2022, general Braga Netto, é suspeito de integrar o grupo. Ele foi preso em dezembro de 2024. 

“Eles que paguem pelas mazelas que fizeram. Se forem inocentes, serão absolvidos. Se forem culpados, serão punidos. É isso que vai acontecer”, declarou.

O inquérito foi remetido à PGR (Procuradoria Geral da República), que decidirá se Bolsonaro e os outras 36 pessoas serão denunciadas. 

O petista citou o caso de Luiz Carlos Prestes, um dos principais nomes do comunismo do século 20. Ele foi perseguido e ficou preso por cerca de 10 anos durante o 1º governo de Getúlio Vargas (1930-1945) e depois teve que fugir do país na Ditadura Militar.

Por menos do que eles fizeram muita gente foi preso. Por menos do que eles fizeram o [Luiz Carlos] Prestes passou 50 anos prestando conta a justiça brasileira”, disse Lula.

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