O dólar comercial fechou nesta 4ª feira (12.fev.2025) a R$ 5,763. Representa uma queda diária de 0,08%. Trata-se do 3º dia em que a moeda norte-americana recua ante o real.
Os investidores demonstram cautela quanto à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), em estabelecer a taxação de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o Brasil. Não está clara qual será a resposta, embora haja tendência de reciprocidade em relação aos produtos norte-americanos que entrarem no Brasil.
Leia a trajetória da cotação do dólar:
Na 3ª feira (11.fev), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou de “contraproducente” a medida do governo norte-americano, que tem potencial para afetar a siderurgia brasileira.
Segundo o titular da Fazenda, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) está reunindo informações para que haja uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto. “O Mdic está fazendo essa avaliação para levar para o presidente o quadro geral e nós vamos avaliar conjuntamente“, declarou.
Bolsa
O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), atingia 124.628,40 pontos às 17h22 desta 4ª feira (12.fev), o que representa uma queda diária de 1,50%.
Há influência dos dados de inflação dos Estados Unidos. A taxa acumulada em 12 meses acelerou para 3% em janeiro de 2025.
Os dados adiaram a possibilidade de corte do juro-base norte-americano de junho para setembro deste ano. Na reunião de janeiro, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) decidiu manter o intervalo da taxa básica de juros no patamar de 4,25% a 4,50% ao ano.
A resiliência da inflação nos EUA alinhada ao mercado de trabalho aquecido fazem a autoridade monetária do país adotar a cautela.