O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 4ª feira (12.mar.2025) que a economia não se resolve “com mágica” e que sua equipe “não inventa”. Ele declarou não ter direito de fazer nenhum absurdo com o Brasil, criticou agentes de mercado que fazem “especulação” e elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Não pensem que eu tenho direito de fazer algum absurdo com esse país. Economia não se faz com mágica, a gente não inventa. A gente sabe que aquilo que é fácil hoje pode ser difícil amanhã. É por isso que trabalhamos para que a coisa dê certo”, disse o presidente em discurso durante evento de lançamento do Programa Crédito do Trabalhador.
Lula disse haver “agiotas” fazendo “sacanagem” com o Brasil. Segundo ele, essas pessoas vivem de especular com o dólar. Ele também criticou notícias “cretinas” sobre o governo.
“Tem muito agiota fazendo sacanagem com o Brasil. Não sei se é gente que vive com a especulação do dólar, não sei se é gente que quer ganhar na Bolsa, mas é tanta notícia cretina, tanta notícia falsa que não tem explicação. As pessoas conhecem a história das pessoas”, afirmou.
No discurso, o petista fez muitos acenos ao mercado e elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Uma das principais críticas ao governo é que ele não tem preocupação com a ampliação de gastos na economia, priorizando investimentos estatais.
“Eu já tive muitos ministros e muitos companheiros na Fazenda, mas podem ter certeza, se vocês colaborarem, a gente vai terminar nosso governo com o Haddad passando para a história como o melhor ministro da Fazenda que esse país já teve. É isso que eu quero que vocês acreditem. Nós não vamos brincar em serviço”, declarou.
Além disso, Lula também rebateu críticas sobre seu 3º mandato ser diferente dos anteriores. Ele declarou que está mais experiente, melhor preparado e que não seria louco de voltar ao Planalto para ser pior do que já foi antes.
“As pessoas conhecem a minha história. ‘Ah, mas o Lula 1 é diferente do Lula 2 que é diferente do Lula 3’. Obviamente que eu tô diferente. Eu estou mais bonito agora […] Eu tenho certeza que vamos fazer muito mais do que fizemos em 2003, em 2010 e fizemos em 2012 com a Dilma”, disse.