A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), não falou sobre o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros, anunciado nesta 4ª feira (19.mar.2025), durante a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).
Gleisi sempre foi muito crítica das decisões do Copom, principalmente durante a gestão de Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, o comitê tem maioria de indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo o chefe, o economista Gabriel Galípolo.
Além de Gleisi, outros petistas relevantes da sigla que tinham o hábito de criticar o Banco Central também não se manifestaram em seus perfis nas redes sociais. É o caso, por exemplo, dos deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Maria do Rosário (PT-RS) e Rogério Correia (PT-MG).
Na penúltima decisão do Copom, em 29 de janeiro de 2025, em que também houve um aumento de 1 p.p. na taxa Selic, petistas disseram que Galípolo não teve alternativa e culparam Campos Neto, que já havia deixado o Banco Central.
Dos governistas, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) manteve as críticas. Disse em seu perfil no X que a política monetária é um “equívoco com impactos nefastos” e ainda citou o ex-presidente do BC.
“Entendemos que a decisão de dezembro, tomada por Roberto Campos Neto, já deixou pré-fixado dois aumentos de 1% na Selic”, escreveu. No caso, não seriam aumentos de 1%, mas de 1 ponto percentual na taxa de juros.