Os preços dos ovos caíram nos últimos dias, segundo nota do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP, divulgada na 6ª feira (21.mar). Ligado à Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade São Paulo), o centro monitora 5 áreas no Brasil:
- Recife (PE)
- Grande São Paulo (SP);
- Bastos (interior de São Paulo);
- Grande Belo Horizonte (MG);
- Santa Maria de Jetibá (ES) – um dos principais polos produtores do país.
Os Cepea diz que os estoques pelo Brasil estão “equilibrados” e permitiram que os donos de granjas pudessem negociar e reduzir os preços de forma menos intensa, mesmo com “pressão pela concessão de desconto”.
“A pressão pela concessão de descontos nos negócios aumentou, devido à típica queda da demanda neste período do mês. Por outro lado, alguns agentes afirmam que os estoques nas granjas estão equilibrados, sem necessidade de reduções intensas nos valores. Como resultado, a intensidade das baixas variou conforme as regiões pesquisadas”, diz a nota.
Veja, abaixo, valores nas regiões consultadas pelo Cepea:

Segundo a pesquisadora de ovos do Cepea, Claudia Scarpelin, o movimento de alta nos preços do ovo teve início na 2ª quinzena de janeiro e se intensificou ao longo de fevereiro.
Alta vira tema entre políticos
Em 14 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou em descobrir “ladrão que passou a mão no direito de comer ovo”.
“E eu estou querendo descobrir onde é que tem um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro… O povo brasileiro come, em média, 260 ovos por ano. É pouco, não dá nem 1 por dia. Mas sabe quantos ovos o Brasil vai produzir esse ano? 59 bilhões”. declarou o presidente.
Na 3ª feira (18.mar.2025), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), publicou um vídeo ironizando a fala do presidente. No vídeo, Nunes pega uma cartela de ovos e fala que não sabe “onde está o pilantra que subiu o preço” mas sabe que quem irá diminuir o preço em São Paulo para as “pessoas pobres comprarem” será ele.