O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e os deputados líderes partidários na 4ª feira (23.abr.2025). O encontro será um jantar na residência oficial da presidência da Casa Baixa, no início da noite, por volta das 19h, e um dos temas tratados será o projeto de lei que anistia os condenados do 8 de Janeiro.
É a 1ª vez, em seu 3º mandato, que o chefe do Executivo se reunirá com o presidente da Câmara na residência oficial da Casa. A iniciativa faz parte do esforço do petista para estreitar laços com os deputados, que já criticaram a falta de diálogo com o presidente.
Em 2 de abril, em um encontro de cerca de 3 horas, Lula se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e os líderes da Casa Alta.
O Senado está com a pauta esvaziada e ainda não votou projetos polêmicos em 2025. O tom do jantar com Alcolumbre foi informal e também serviu para estreitar laços. Mas, diferentemente dos senadores, no caso da Câmara há receio, por parte do governo, quanto ao avanço da proposta de anistia.
ANISTIA
O requerimento de urgência foi protocolado em 14 de abril pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), com 264 assinaturas.
Para ser protocolado, o requerimento (1.410 de 2025) precisava do apoio da maioria absoluta dos deputados, ou seja, ao menos 257 congressistas. Caso seja aprovado no plenário, o projeto poderá ser votado a qualquer momento, sem precisar passar por comissões.
No X (ex-Twitter), o líder do PL disse que decidiu se antecipar e protocolar o pedido com as assinaturas “diante da pressão covarde” do governo Lula “para retirada de apoios”.
Com isso, os deputados que apoiaram já foram expostos e enfrentarão mais dificuldade para retirar a assinatura caso se arrependam.
O líder do PL deve pedir que o requerimento entre na pauta de votação da Câmara na próxima semana. A expectativa da oposição é de que, com isso, o projeto seja votado até o fim do mesmo mês.
A decisão de pautar é do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem adiado a discussão sobre o tema.