Não foi por incompetência, diz ministra das Mulheres demitida

A ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, minimizou nesta 2ª feira (5.mai.2025) o peso das avaliações de baixa produtividade e das acusações de assédio moral na troca realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela afirma deixar o cargo estando “tranquila”.

“Estou tranquila, leve, feliz. Acho que não é uma troca por incompetência, por assédio, por richa. Não é isso. É uma troca de rumo, de momentos. Tem hora que está no limite do esgotamento, daquilo que pode avançar, ampliar. E gente nova chega com um novo olhar”, declarou a jornalistas em Brasília.

Cida foi demitida por Lula nesta 2ª feira após desgastes em sua imagem e acusações de assédio moral. A ministra negou as acusações. Em fevereiro, a Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou um processo contra ela.

Sobre a possibilidade de assumir outro cargo no governo federal, a ministra disse que pretende “voltar para o lugar que vim, o movimento das Mulheres”. Cida é amiga pessoal da primeira-dama, Janja da Silva.

Assistente social e ex-ministra de Lula em 2010, Márcia Lopes assumiu o comando da pasta. É filiada ao PT desde 1982 e já havia sido secretária-executiva do órgão.

É também irmã do secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência (2011 a 2015) e ex-chefe de Gabinete de Lula (2003-2010). Em 2012, foi candidata à Prefeitura de Londrina (PR) pelo PT, mas ficou em 3º lugar.

A demissão de Cida Gonçalves marca a 12ª troca ministerial do 3º mandato de Lula. Desde que voltou ao Planalto, o petista fez mudanças pontuais e a maioria contemplou seu partido, como no caso do Ministério das Mulheres.

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