O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajará para a China em 12 de maio para participar de encontro da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) com o país asiático. Ele também deve ter uma reunião bilateral com o presidente Xi Jinping.
A viagem à Ásia deve ser realizada na sequência da ida à Rússia. A data foi definida durante viagem do petista a Honduras, na 4ª feira (9.abr), onde ele participou de cúpula com países da América.
Segundo apurou o Poder360, a intenção é continuar com a discussão da defesa da democracia no terreno internacional, bem como ampliar o comércio brasileiro com o continente asiático.
A viagem à China se dará durante a guerra comercial com os Estados Unidos. Em resposta às decisões do presidente norte-americano, Donald Trump (republicano), de taxar o país em 145%, a Xi Jinping elevou as tarifas contra os produtos dos EUA para 125%.
COMÉRCIO
O Brasil é o principal fornecedor de produtos agrícolas da China. Segundo a AGA (Administração Geral das Alfândegas), o mercado brasileiro exportou 74,65 milhões de toneladas de soja para os chineses, num valor total de US$ 36,48 bilhões.
Em 2023, as cifras foram de 69,93 milhões de toneladas e US$ 40,94 bilhões. Já em 2024, além de soja, o país asiático importou mais de 6,47 milhões de toneladas de milho, 1,34 milhão de toneladas de carne bovina, e cerca de 75.630 toneladas de café do Brasil.
Lula é também parceiro político do presidente chinês. Em novembro de 2024, durante visita de Xi ao Brasil, o chefe do Executivo afirmou que está alinhado ao governo da China na defesa do direito internacional, do multilateralismo e na solução pacífica de controvérsias.