Haddad diz que INSS vai sair fortalecido da denúncia de fraudes

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai sair fortalecido com a investigação da PF (Polícia Federal) sobre um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões por sindicatos e outras entidades. Segundo ele, “os problemas” trazem “oportunidades” de aperfeiçoamento.

Tenho certeza que nós vamos passar por mais esse problema. Nós vamos virar essa página e o INSS vai ser mais forte”, afirmou o ministro em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, do Canal Gov, nesta 4ª feira (30.abr.2025).

Marinho citou que o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, está prestando os esclarecimentos necessários. Na 3ª feira (29.abr), Lupi participou de audiência da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados para tratar do tema.

É momento de buscar, como tem dito o ministro [Lupi], separar o joio do trigo”, disse Marinho. Segundo ele, é preciso separar “as entidades sérias que representam verdadeiramente os aposentados e pensionistas” daquelas que “têm vocação para malandragem” e aproveitam “da inocência” das pessoas.

Marinho afirmou que o governo vai “até as últimas consequências para punir quem deve ser punido”. Ele declarou: “Essa foi a palavra do ministro Lupi na Câmara dos Deputados. Quem errou tem de pagar”.

O ministro disse que a PF tem “total liberdade” para investigar e para “punir todos os responsáveis”.

LUPI

Ao falar na Câmara, Lupi afirmou que as investigações sobre o esquema de descontos em aposentadorias do INSS partiram do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Toda essa operação que deflagrou-se agora para se apurar através da CGU [Controladoria Geral da União] e da PF foi iniciada através de uma auditoria iniciada pela perícia do INSS do governo Lula para coibir fraude e corrupção”, afirmou.

A função de Lupi no governo passou a ser ameaçada desde a revelação de que ele foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias em junho de 2023, mas levou 10 meses para agir sobre o caso.

A informação foi revelada pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo, e confirmada pelo Poder360 nas atas das reuniões do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social).

Segundo os documentos disponíveis no site do conselho, a 1ª vez que o tema surgiu em reunião foi em 12 de junho de 2023, mas o item só foi incluído na pauta da reunião de 24 de abril de 2024.

Lupi é presidente do conselho, que reúne a cúpula do ministério, o INSS e associações de aposentados, sindicatos e entidades patronais.

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